Unicef: 13% das famílias brasileiras deixaram de comer na pandemia

Pesquisa identificou que a renda de 55% delas caiu nos 2 últimos meses

Publicado em 11/12/2020 - 15:20 Por Dayana Vítor - Brasília

Passar por uma pandemia com pouco dinheiro é um desafio e tanto. E muitos brasileiros estão enfrentando essa situação. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (11) pelo Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, em que 55% das famílias brasileiras viram a renda cair entre outubro e novembro.

Já 61% dos núcleos familiares com crianças e adolescentes menores de 18 anos tiveram menos dinheiro nesses meses. E 69% daqueles que ganham até um salário mínimo enfrentaram a mesma situação.

Como consequência direta do pouco dinheiro no bolso, 13% de todas as famílias brasileiras deixaram de comer, porque não tinham condições para comprar alimentos. Nas famílias com filhos até 18 anos, o percentual foi de 8%.

O problema foi mais grave entre os mais pobres, cerca de 30% das famílias das classes D e E passaram fome, isso porque nos últimos dois meses faltou dinheiro. Nas famílias com a mesma faixa de renda, mas com filhos adolescentes, o índice foi de 21%.

A representante do Unicef aqui no Brasil, Florence Bauer, detalha a perda de renda dos mais pobres.

Enquanto muitas famílias com crianças e adolescentes não tinham o que comer na pandemia, 54% dos entrevistados declararam que ingeriram mais alimentos industrializados.

Em relação aos estudos, 9% afirmaram que as atividades presenciais nas escolas voltaram, mas apenas 3% permitiram o retorno das crianças. Cerca de 52% continuavam as atividades escolares em casa. Mas outros 13% responderam que os filhos não tinham recebido tarefas na semana anterior.

Florence Bauer defendeu a reabertura das escolas, mas seguindo as normas de segurança.

Segundo a pesquisa, 54% dos entrevistados relataram que algum adolescente do domicílio apresentou sintomas relacionados à saúde mental. Cerca de 29% relataram aumento do apetite dos filhos, 28% perda do interesse nas atividades rotineiras e 27% apresentaram insônia.

O estudo foi realizado por telefone entre 29 de outubro a 13 de novembro com mais de 1.500 pessoas.

 

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