Após incêndio, Museu Nacional inicia trabalhos de conservação
O Museu Nacional no Rio de Janeiro deu início à conservação e à proteção de bens que resistiram ao incêndio em setembro de 2018. Eles fazem parte do conjunto arquitetônico do Palácio de São Cristóvão.
O trabalho vai se debruçar sobre elementos ornamentais e artísticos do Jardim das Princesas e do Palácio.
As peças serão higienizadas e preparadas para a fase de obras nas fachadas e coberturas do prédio.
Ornamentos de salas históricas do Paço, como a Sala do Trono, a escadaria monumental de mármore, e o famoso meteorito Bendegó são alguns dos elementos que vão receber os serviços nesta etapa, além de pisos e pinturas murais.
O trabalho segue até o mês de julho e vai alcançar ainda as fontes de gnaisse e guirlandas em alto-relevo; bancos e tronos; mosaicos de conchas e fragmentos de louças do Jardim das Princesas.
A Chefe do Escritório Técnico do Museu Nacional Maria Paula van Biene afirma que esse é um importante passo para o processo de restauro.
De grande valor histórico, acredita-se que foi a imperatriz Teresa Cristina, por ser italiana, que introduziu a técnica românica do embrechamento nos bens integrados do Jardim, que consiste em incrustar conchas e cacos de louças sobre a argamassa fresca.
A técnica teria sido repassada às suas filhas, que adornaram a fonte, os tronos, os bancos e as guirlandas existentes.
Um dos tronos, inclusive, possui a data de aniversário de seis anos da Princesa Isabel: 29 de julho de 1852.
O trabalho foi contratado por mais de R$ 1,7 milhão, depois de licitação vencida pela Construtora Biapó, atua desde 1994 na área de restauração de patrimônio histórico.