O megaferiado de 10 dias que começou na sexta-feira (26) e só termina no dia 4 de abril tem levado muita gente às praias e gerado confusão no litoral paulista.
Em São Sebastião, a prefeitura decidiu retomar, nesse domingo, as barreiras sanitárias nas rodovias de acesso à cidade.
No sábado, as barreiras chegaram a ser retiradas em função do congestionamento que a ação provocou na rodovia Rio-Santos.
Nas barreiras, os visitantes precisam fazer o teste rápido. Entre sexta-feira e sábado, 28 pessoas testaram positivo para o coronavírus.
A prefeitura também chegou a instalar gradis interditando o acesso às praias, mas eles foram derrubados por turistas.
Os hospitais da cidade não estão mais recebendo pacientes que precisam de intubação por falta de medicamentos para fazer a intervenção.
Em Santos, os supermercados registraram filas e aglomerações na última sexta-feira. No sábado a cidade entrou em lockdown, e mesmo supermercados tiveram que fechar as portas.
No Guarujá, também na Baixada Santista, a prefeitura teve que dispersar aglomerações nas praias e apreender equipamentos de som. A cidade também está em lockdown, e o acesso às praias está proibido.
Já em Ubatuba, os moradores atearam fogo em pneus para impedir o acesso de turistas à cidade do litoral norte. A manifestação aconteceu na noite de sexta-feira. Sem se identificar, um dos manifestantes explicou o motivo do protesto.
A prefeitura suspendeu a vacinação de idosos nesse período, nas unidades de saúde, para evitar aglomerações.
O objetivo da prefeitura de São Paulo com o megaferiado era aumentar o índice de isolamento social. Segundo o último dado do governo do estado, a medida ainda não fez efeito. Na sexta-feira, primeiro dia do megaferiado, o índice de isolamento social ficou em 43%. Segundo o governo do estado, a proporção é exatamente a mesma que a da sexta-feira anterior, dia 19 de março, dia útil normal, apesar da fase emergencial.