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Moradores do Rio voltam a reclamar da água fornecida pela Cedae

Companhia diz que tem tomado todas as medidas de prevenção à geosmina
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Fabiana Sampaio
01/04/2021 - 08:57
Rio de Janeiro

Cariocas e  moradores da região metropolitana continuam sofrendo com cheiro e gosto ruim da água fornecida pela Cedae, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos, devido à presença da substância geosmina, produzida por algas. Já é o segundo ano em que o problema vem afetando moradores no período de calor. 

Os perfis da empresa nas redes sociais diariamente são inundados de reclamações acerca do odor, gosto e até alteração de cor na água que chega nas torneiras.

No bairro de Inhaoíba, na zona oeste carioca, Cassiano Silva afirma que paga quase R$200 na conta de água por mês, e lamenta que esteja recebendo um serviço sem qualidade. 

O Ministério Publico do Estado, que move ação contra a empresa, informou nesta quarta-feira (31) que a  Cedae apresentou documentos demonstrando sua metodologia de monitoramento de gosto e do odor, solicitados pela Justiça.

A companhia também disponibilizou a base de dados da ouvidoria para que se tenha a real noção dos problemas envolvendo a prestação do serviço de abastecimento. Segundo o MP, as informações ainda serão analisadas para verificar se serão necessários novos requerimentos no processo.

Em nota, a  Cedae afirmou que  mantém todas as medidas de prevenção à geosmina, apesar de ainda registrar sua presença na água. Segundo a empresa, mesmo em baixa concentração, a substância pode alterar gosto e cheiro, mas não representa risco à saúde dos consumidores.

A Companhia também informou que começa a instalar nesta semana, de forma emergencial, um novo sistema de bombeamento de água do Rio Guandu, que abastece boa parte da Região Metropolitana, para a Lagoa Grande, para combater a geosmina, que aumenta principalmente devido ao calor, água parada e nutrientes.

Essa ação, combinada com a  aplicação de carvão ativado na entrada de água na estação, deverá conter a situação, segundo a Cedae.

A empresa ainda afirmou que o problema deverá ter solução definitiva , com a obra de proteção da tomada de água da Estação de Tratamento do  Guandu, cuja licitação está prevista para o próximo dia 1º de junho. A obra tem investimento de aproximadamente R$ 132 milhões e duração prevista de 24 meses.

 

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