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Um em cada cinco brasileiros não tem acesso à internet, segundo IBGE

Pnad Contínua indica ainda desigualdade de acesso entre estudantes
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Lígia Souto - Repórter da Rádio Nacional
14/04/2021 - 16:15
Rio de Janeiro
A pandemia revelou a desigualdade de acesso à internet
© Caminhos da Reportagem/TV Brasil

Quase 40 milhões de brasileiros não tinham acesso à internet em 2019. O número representa 21,7% da população com idade acima de 10 anos e faz parte da Pnad Contínua, divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE. Apesar de expressivo, o resultado mostra uma redução em relação a 2018, quando quase 46 milhões de pessoas não estavam conectadas no país.

O suplemento, que analisou o uso da internet pelas famílias brasileiras, mostra o efeito da desigualdade entre os estudantes. Nas escolas particulares, a maioria, ou 98,4% tiveram acesso à internet no ano avaliado.

Já para aqueles da rede pública de ensino, o percentual foi 83,7%. Isso significa dizer que em 2019, mais de 4 milhões de alunos das unidades públicas não navegaram na internet. Nas instituições privadas o número foi bem menor, apenas 147 mil.

A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. No Norte e Nordeste o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77%, respectivamente, enquanto nas demais regiões este percentual variou de 88,6 a 91,3%.

A diferença fica ainda maior quando são considerados os estudantes das escolas particulares: nesse caso, o uso da rede de computadores ficou acima de 95% nas cinco regiões do país.

A desigualdade entre os alunos das redes pública e privada fica evidente também quando se observa as razões para a falta de acesso à internet. A técnica do IBGE responsável pela pesquisa, Alessandra Brito, destaca que a questão financeira é o principal fator apresentado.

Entre os quase 40 milhões de brasileiros que não utilizaram a internet em 2019, os principais motivos alegados foram os seguintes: 43,8% disseram não saber utilizar; 31,6% afirmaram não ter interesse. Já para 18%, o custo financeiro foi a justificativa para não acessar o serviço.

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