Satélites em órbita fazem parte da nossa realidade, diz especialista
Os satélites não são apenas importantes para as telecomunicações, são essenciais. Sem eles, você não estaria acompanhando essa reportagem agora. Esses equipamentos são os responsáveis pela transmissão do sinal de rádio, televisão e telefone, além da comunicação entre aviões e navios por todo o mundo. Os satélites também possibilitam o uso do GPS, hoje tão comum nos nossos telefones celulares e na vida da Suzete Galdino, que é motorista de aplicativo. Ela destaca que a tecnologia é essencial. 
O Brasil faz parte do seleto grupo de países que contam com o próprio satélite. É o chamado "satélite geoestacionário de defesa e comunicações", lançado em 2017. No espaço, o equipamento recebe o sinal de comunicação, o amplifica e o envia de volta à Terra. Esse sinal atinge todo o território do país e a parte do oceano Atlântico, conhecida como Amazônia Azul.
O satélite trouxe mais autonomia e segurança para as telecomunicações no Brasil. Permitiu a implantação de internet banda larga em áreas rurais e de floresta, como na Amazônia. E também representou economia, já que antes o país tinha que alugar equipamentos privados. Apesar de parecer algo tão distante, a 36 mil quilômetros da Terra, o satélite está bem próximo da nossa realidade, como destaca o professor do departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília Ugo Dias.
Hoje, o Brasil conta com mais de 13.350 pontos de acesso à internet via satélite. Nove mil deles estão em escolas públicas, principalmente as da zona rural, e em 248 escolas indígenas. Ao todo, dois milhões e meio de alunos estão conectados à internet via satélite. Isso sem falar nas centenas de unidades de saúde, de segurança pública e comunidades quilombolas.
José Afonso Cosmo Júnior, secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, detalha a qualidade do sinal de internet em áreas remotas do país.
Em 2019, graças à internet via satélite, as comunicações salvaram vidas na tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Em menos de 24 horas, antenas de transmissão foram instaladas e as equipes de resgate puderam se comunicar para encontrar pessoas no meio da lama e dos escombros.
*Com sonoplastia de José Maria Pardal.
