Em reunião, nesta quarta-feira, com os prefeitos dos municípios fluminenses que aderiram ao plano de concessão dos serviços da Cedae, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro detalhou como será a divisão do total de R$ 22,6 bilhões de reais, arrecadados com o leilão, no dia 30 de abril.
Segundo Castro, do montante, o estado ficará com quase R$ 14,5 bilhões de reais. O restante será dividido entre as 29 cidades que participam do projeto, em três parcelas: a primeira este ano, a segunda em 2022 e, o restante, em 2025.
De acordo com o governador, as prefeituras terão liberdade para gastar o valor, que será repassado a título de outorga e ágio do leilão da Cedae. Castro ressaltou, no entanto, que os investimentos serão coordenados para garantir retorno financeiro ao estado.
O pregão, que concedeu à iniciativa privada os serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto, arrematou três dos quatro blocos ofertados. O único que não atraiu propostas foi o que reúne bairros da Zona Oeste carioca e seis municípios, que deverá voltar a ser licitado ainda este ano.
A concessão da Cedae, segundo o governo do estado, é o maior projeto de infraestrutura socioambiental do país e prevê a universalização do saneamento básico em uma área onde vivem mais de 10 milhões de pessoas, ou 60% da população fluminense.
Os investimentos previstos vão garantir, ainda segundo o executivo estadual, a qualidade da água fornecida e a despoluição de rios, lagoas e baías. Além do valor de outorga, devem ser investidos cerca de 27 bilhões de reais em obras. O projeto também prevê gerar mais de 24 mil empregos diretos e indiretos.
