O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos pelos crimes de estupro e atentado ao pudor contra 56 mulheres, vai voltar a cumprir pena em regime fechado. Ele estava em prisão domiciliar desde maio deste ano sob alegação de que seu estado de saúde exigia cuidados extras que não poderiam ser providos pelo sistema penitenciário.
No entanto, sentença da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, nessa quinta feira, atendeu o pedido do Ministério Público de São Paulo que alegou que, apesar da cardiopatia, Abdelmassih corria os mesmos riscos de vida seja em prisão domiciliar ou na penitenciária. E que na penitenciária, ele não era submetido a esforço físico e a unidade prisional cumpria todos os requisitos de manejo dele para um hospital caso houvesse alguma emergência.
A prisão de Roger Abdelmassih tem muitas idas e vindas, ele foi condenado em 2010 a 278 anos de prisão por crimes cometidos contra pacientes entre os anos de 1995 e 2008. Ele conseguiu um habeas corpus no mesmo ano da condenação, mas o benefício foi cassado em 2011, após isso, ficou foragido por 3 anos. E em 2014 foi preso no Paraguai. O médico vinha cumprindo pena na penitenciária de Tremembé.
Em 2017, o Supremo Tribunal Federal concedeu prisão domiciliar, mas o benefício foi suspenso em 2019 por suspeitas de que ele estaria fraudando laudos médicos. Neste ano, em maio, ele conseguiu o benefício da prisão domiciliar, que foi cassado com esta última decisão da Câmara Criminal.
A defesa de Roger Abdelmassih não respondeu a nossos questionamentos até o fechamento desta matéria.
*Com produção de Michele Moreira