Mais de 60 contêineres com lixo hospitalar foram encontrados no porto de Santos. A carga veio dos Estados Unidos e da República Dominicana e foi enviada ilegalmente para o Brasil. 
O primeiro container foi descoberto no porto de Santos porque a Receita Federal percebeu que o registro não batia com a descrição da carga. Dentro, foram encontradas luvas, máscaras e fraldas geriátricas prensadas em papelão. A partir daí, os outros contêineres com lixo hospitalar também foram encontrados.
A importação desse tipo de material é ilegal. A investigação vai continuar e envolve o Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Polícia Federal e Receita Federal. O caso está sendo investigado como tráfico ilegal de resíduos perigosos.
As empresas brasileiras envolvidas já foram identificadas e podem ser multadas em até R$ 40 milhões. O receio das autoridades é que casos como este estejam ocorrendo em outros portos do país.
Quinhentas toneladas de lixo enviados para o Brasil serão devolvidos aos países de origem. O reenvio foi estabelecido após trabalho da alfândega no porto de Santos, em conjunto com o Ibama.
No mês passado, o Ibama, em Brasília, recebeu denúncias sobre o envio de resíduos domésticos para o Brasil, por meio do porto localizado no litoral paulista. As cargas vieram dos Estados Unidos, Honduras e República Dominicana. Elas foram declaradas como "aparas de papel", utilizadas na produção de embalagens de papelão. Mas quando foram abertas pela fiscalização, foram encontradas 460 toneladas, dos mais variados tipos de resíduos, em 21 contêineres.
Após a constatação do crime, o lixo encontrado gerou multas no valor de R$ 40 milhões, além da obrigação de devolução ao país de origem.
Aas autoridades sanitárias também alertam para o medo da entrada da peste suína africana, uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas às criações de animais.
