Após dois dias seguidos de problemas na circulação dos trens no Rio de Janeiro, o governo do estado criou uma força-tarefa para combater a ação de criminosos e o furto de cabos e equipamentos nas estações da SuperVia, concessionária que opera o sistema. Ao todo, 200 policiais militares estarão mobilizados a partir de agora para atuar no reforço da segurança nos 270 quilômetros da malha ferroviária. Haverá policiamento ostensivo nas estações e áreas próximas. As ações estão previstas para acontecer, ainda, em empresas de reciclagem e ferros-velhos para combater a compra e venda de materiais furtados.
O planejamento também prevê o uso de drones com equipamento infravermelho acoplado, para registrar imagens no período noturno, e a intensificação das investigações por parte da Polícia Civil, além de campanhas de conscientização. Segundo a SuperVia, o interesse dos ladrões pelo cabos do sistema ferroviário se deve à sua composição com cobre, que é revendido no mercado ilegal. Somente nos primeiros seis meses deste ano foram furtados mais de 14 mil metros de cabos em 364 ocorrências de furto.
Além de causar interrupções nas viagens de trem e prejudicar milhares de passageiros que diariamente utilizam esse transporte, a concessionária avalia que entre janeiro e março os 128 registros totalizaram quase 6 mil metros de cabos roubados, o equivalente a 96% de todo o material furtado ao longo de 2020. O problema mais grave tem sido registrado no ramal Japeri, que é a mais extensa das linhas de trens metropolitanos da Supervia, em operação no Grande Rio.
