Desde que foram anunciadas as mudanças no Bolsa Família, o cenário na Secretaria Social de Combate à Pobreza (em Salvador, na Bahia) tem sido de lotação. Com medo de ficar sem o benefício, milhares de pessoas têm enfrentando as longas filas do Cadúnico. A esperança da dona de casa Ubiraildes Santos é ser incluída no programa social temporário Auxílio Brasil.
Preocupada em ficar sem a renda do antigo Bolsa Família, a baleira Bárbara da Silva, que recebia o auxílio emergencial no valor de R$ 150 reais, peregrina para fazer o cadastramento nos centros de assistência social.
Diante das incertezas com o Auxílio Brasil, programa criado para substituir temporariamente o Bolsa Família e o fim do Auxílio Emergencial - que pagou a última parcela ontem - milhões de brasileiros de baixa renda relatam o desespero em perder o valor do benefício.
Com o fim do Auxílio Emergencial e do Bolsa Família, além de está desempregada e com filho pequeno, Lorena Nascimento teme ficar sem renda.
Em Salvador, das mais de 335 mil pessoas inscritas no Cadúnico, 188 mil recebem Bolsa Família e mais de 116 mil beneficiários estão com os dados desatualizados. É um procedimento obrigatório a cada dois anos: a atualização é o que garante o recebimento dos auxílios. Hoje o programa Auxílio Brasil paga a parcela para as pessoas com NIS final 3. Os beneficiários podem realizar os saques nas (agências da) Caixa Econômica e casas lotéricas.