As chuvas que atingem São Paulo seguem causando danos. Nessa segunda-feira (31) um novo deslizamento derrubou mais um sobrado na cidade de Franco da Rocha, na região metropolitana da capital paulista.
A casa ficava na rua São Carlos, que já tinha sido atingida por um deslizamento no domingo (30) e estava interditada, por isso não havia ninguém no local quando o imóvel veio abaixo.
Mesmo assim, o número de vítimas não para de subir. Segundo a prefeitura de Franco da Rocha, chega a oito o número de pessoas que morreram soterradas. Seis foram resgatadas com vida e pelo menos outras dez pessoas seguem desaparecidas.
Com o novo deslizamento as buscas chegaram a ser interrompidas, mas já foram retomadas.
O coordenador de operações dos bombeiros, Major Lima de Freitas, recomendou muita cautela às pessoas que tentam voltar para suas casas.
Segundo o último balanço da defesa civil, já chega a 24 o número de pessoas que morreram em função das chuvas em todo o estado de São Paulo. Entre as vítimas, oito são crianças.
Mais de 1.500 famílias estão desabrigadas ou desalojadas. Pessoas como a doméstica Maria das Neves que chegou a pensar que a neta tivesse sido soterrada no deslizamento em Franco da Rocha.
Ao todo, 27 cidades foram afetadas com alagamentos, quedas de árvores, quedas de muros e deslizamentos. As mortes aconteceram em seis cidades da grande São Paulo: além de Franco da Rocha, Embu das Artes, Francisco Morato, Arujá, Itapevi, Várzea Paulista; duas pessoas morreram no interior do estado em Jaú e em Ribeirão Preto. E sete cidades já decretaram estado de emergência.
Boa parte do estado segue sob alerta vermelho, de grande perigo, do Instituto Nacional de Meteorologia. Com o acumulado de chuvas, a região ainda corre risco de sofrer novos alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas.
O governo de São Paulo enviou um ofício ao governo federal solicitando um repasse de quase R$ 500 milhões para ajudar os municípios que foram atingidos.