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9,5 milhões de brasileiros moram em áreas de risco

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Daniel Ito* - Repórter da Rádio Nacional
22/02/2022 - 19:48
Brasília

Cerca de 9,5 milhões de brasileiros moram em áreas de risco sujeitas a deslizamentos de terra, enchentes e outros desastres climáticos. A estimativa é do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

A projeção foi feita a partir de um estudo realizado em parceria com o IBGE com base no censo populacional de 2010. O levantamento demonstrou que, naquele ano, o Brasil já possuía quase 28 mil áreas de risco em 825 municípios. Na época, mais de 8,2 milhões mil pessoas viviam nesses locais, totalizando quase 2,5 milhões de residências sob risco de desastres climáticos.  

A maior parte dessas áreas de risco está localizada em municípios próximos do litoral brasileiro. A diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, explicou que essa concentração está relacionada a fatores históricos e à geografia das regiões costeiras.

Os dados do Cemaden e do IBGE apontam que 75% das famílias que moram nessas regiões vivem em áreas sujeitas a deslizamentos de terra. E 25% delas residem em locais com risco de inundações, enxurradas e outros fenômenos.

Para o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, é muito difícil impedir a ocorrência desse tipo de fenômeno porque o Brasil possui cidades inteiras localizadas em regiões montanhosas sujeitas a deslizamentos. Ao citar a tragédia recente em Petrópolis, no Rio de Janeiro, ele disse que as medidas que estão ao alcance do poder público visam a minimizar as perdas humanas e materiais.

O Cemaden e o IBGE também apontam que entre as pessoas que moram em áreas de risco no Brasil, 17,8% delas são idosos, crianças, e grupos etários mais vulneráveis.

*Com produção de Michelle Moreira

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