Os peritos médicos federais realizam uma paralisação nesta terça e quarta-feira. Até 50 mil atendimentos podem ser afetados.
Na Central de Perícias Médicas, no Setor Comercial Sul, em Brasília, alguns atendimentos foram realizados, mas a maioria dos beneficiários, que tinha horário marcado com peritos que aderiram à paralisação, foi informada que não poderia ser atendida e que uma nova data seria marcada. Foi o caso de Getúlio Pereira da Costa, que está em busca do auxílio-doença.
O presidente da Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais, Luiz Carlos Argolo, disse que de 1.800 a 2.000 profissionais no país devem cruzar os braços nesta mobilização nacional de advertência.
A ação vai atingir as perícias presenciais iniciais para os pedidos do auxílio-doença e do BPC. De 45 mil a 50 mil atendimentos devem ser afetados.
Luiz Argolo afirma que as reivindicações passam pela recomposição salarial, melhores condições de trabalho e reorganização a operação da perícia.
Segundo ofício da Associação, encaminhado ao Ministério do Trabalho e Previdência, no dia 3 de fevereiro, tentativas de diálogo desde 2020 ficaram sem resposta.
Essa é a segunda paralisação deste ano, a primeira foi no dia 31 de janeiro. Nós procuramos o Ministério do Trabalho e Previdência para comentar o impacto da paralisação e saber quais ações o órgão vai tomar, mas não tivemos resposta até o fechamento desta matéria.
*Com produção de Renato Lima