Letícia Serrão e Fred Magalhães são administradores e em 2019 decidiram abrir mão de ter uma residência fixa. Eles estão há mais de dois anos vivendo e trabalhando na estrada. A filha do casal está com três anos de idade e já passou por 64 casas e 90 cidades. E a lista continua subindo. Agora eles moram em uma van explorando o interior do Brasil. Fred conta que atualmente é possível trabalhar de qualquer lugar.
Flavia Oliveira e Diogo Hudson também amam viajar e decidiram que queriam ter liberdade para aproveitar os destinos sem pressa. Para isso, passaram a trabalhar pela internet dando cursos de formação de terapeutas. e agora eles alternam a vida entre o Rio de Janeiro e viagens pelo mundo. E já conheceram mais de 55 países. Flávia diz que os roteiros são pensados muitas vezes para conhecerem inspirações profissionais.
Mas Diogo ressalta que além das aventuras e da diversão, viver viajando exige também bastante trabalho, disciplina e esforço.
Assim como estes casais, existem pessoas nessas condições e são chamados de nômades digitais. Elas não dependem de um lugar fixo para trabalhar e aproveitam para conhecer novos destinos.
No fim de janeiro, o Brasil regulamentou a entrada de nômades digitais no país. Agora estrangeiros que trabalham de forma remota para empresas sediadas no exterior podem pedir visto para ficarem no Brasil por até dois anos desde que comprovem a capacidade financeira de se manter por aqui.
E o Rio de Janeiro está investido para tentar atrair esse público. O programa Rio Nômades Digitais, tem o objetivo de tornar a cidade o primeiro polo da América do Sul. A presidente da Riotur, Daniela Maia, conta que a prefeitura fez parcerias com hotéis e cowokings.
De acordo com a Fragoman, empresa especializada em serviços de imigração mundial, a estimativa é que 35 milhões de profissionais tenham esse perfil no mundo. E a previsão é que o número chegue a um bilhão em 2035.