A Justiça do Rio de Janeiro negou mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho. Esta é a segunda vez que a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decide contra o réu, acusado do assassinato do seu enteado Henry Borel, em março de 2021, aos 4 anos.
Em novembro de 2021, a mesma câmara recusou outro habeas corpus pedido pelos antigos advogados de Dr. Jairinho. Agora, a nova defesa segue com a ofensiva jurídica para tentar libertar o ex-vereador, preso desde abril do ano passado, e livrá-lo do julgamento no tribunal do júri. Na próxima semana, mais um pedido de liberdade deve ser analisado pelo TJ.
Ainda como parte da batalha judicial, os advogados solicitaram a exclusão de provas obtidas no celular de Jairinho e de sua namorada Monique Medeiros, mãe do menino Henry e que também é ré pela morte dele. Essas evidências foram cruciais no encerramento do inquérito, porque apontam que Jairo já teria batido em Henry anteriormente e Monique sabia das agressões.
Os advogados também já requisitaram que a juíza do II Tribunal do Júri, Elizabeth Louro, seja afastada do julgamento, acusada de parcialidade. A magistrada negou, mas a suspeição ainda será analisada por desembargadores.
A Polícia acredita que Jairo tenha espancado Henry, e que Monique, que estava com eles quando o crime ocorreu, tenha se omitido. Os dois são réus por homicídio doloso triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação.
O julgamento está na fase de instrução, e falta Jairo ser ouvido novamente para a juíza decidir se pronuncia os acusados e mantém o caso no tribunal do júri.
Em seu primeiro depoimento, ele optou por permanecer em silêncio e disse apenas que é inocente. Monique também diz o mesmo.
A nova oitiva seria realizada este mês mas foi suspensa até que um dos recursos impetrados pela defesa seja julgado.
