A Polícia Civil do Rio de Janeiro ouve, nesta segunda-feira, mais testemunhas do acidente com um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, que matou a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, na noite da última quarta-feira.
O presidente administrativo da agremiação também é esperado na delegacia da Cidade Nova, responsável pela investigação do caso.
A delegada Maria Aparecida Mallet, titular da delegacia, enfatizou que os depoimentos são importantes porque trazem elementos que ajudam na condução da investigação.
A delegada disse, ainda, que o caso está sendo investigado como homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar. Além de ouvir testemunhas, representantes da Em Cima da Hora e familiares da criança, imagens de câmeras no local do acidente estão sendo analisadas.
Na sexta-feira passada, a delegada determinou a apreensão do carro alegórico que imprensou a menina em um poste. A alegoria está em um barracão, na zona portuária do Rio, à disposição para perícias complementares de técnicos do Instituto de Criminalística do estado.
O acidente aconteceu na quarta-feira à noite, logo depois do desfile da Em Cima da Hora, na área externa do sambódromo. O carro estava parado quando a menina teria subido para tirar fotos. Quando o reboque iniciou as manobras, ela ficou imprensada entre a alegoria e um poste.
Levada para o Hospital municipal Souza Aguiar, também no centro do Rio, Raquel passou por uma longa cirurgia, já na quinta-feira, que durou mais de seis horas, e teve a perna direita amputada.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o quadro clínico de Raquel era muito grave. Ela morreu no início da tarde de sexta-feira.