Duas pessoas morreram nas ruas de São Paulo após recorde de frio

Após recorde de frio, duas pessoas foram encontradas mortas na região metropolitana de São Paulo, provavelmente devido às baixas temperaturas. Nesta madrugada os termômetros chegaram a marcar 6,6ºC, a menor dos últimos 32 anos. A sensação térmica, de acordo com informações do Centro de Gerenciamento de Emergências, era de 2ºC.

De acordo com a prefeitura de Mauá, na Grande São Paulo, um homem de 39 anos foi encontrado morto na Avenida Barão de Mauá. As informações são de que ele não era morador de rua, estava caído na calçada e recusou atendimento dizendo que estava voltando para casa. Horas depois, uma equipe da Unidade de Pronto Atendimento foi chamada, os profissionais de saúde tentaram reanimá-lo, mas não tiveram sucesso. De acordo com a polícia não havia sinais de violência no corpo e foi solicitada perícia para averiguar a causa da morte.  

Nessa quarta-feira, um morador de rua também faleceu, só que na capital paulista. A vítima Isaías Santos, de 66 anos, teria passado a noite em frente ao Centro de Convivência da prefeitura na zona leste da capital para aguardar a distribuição do café da manhã, mas passou mal e veio a falecer.

O Padre Júlio Lancelotti, da Pastoral dos Moradores de Rua, cobrou mais ação dos poderes públicos para evitar essas mortes.

O Centro de Gerenciamento de Emergências da capital mantém o alerta de frio, os termômetros ainda devem registrar temperaturas mínimas de 10ºC nos próximos dias.

A prefeitura de São Paulo mantém a orientação para que as pessoas liguem no 156 caso vejam algum morador de rua necessitando de atendimento. De acordo com a Secretaria de Assistência Social, mais de 325 moradores de rua foram atendidos nesta madrugada.

E quem quiser ajudar pode doar roupas e cobertores para a paróquia do Padre Júlio Lancelotti na Rua Taquari, 1100, na Mooca, ou fazer doação por pix.