Raimundo Nonato Rodrigues Fonseca Júnior, de 32 anos, foi baleado e morto na Avenida Rio Branco, no centro de São Paulo, ao lado da Praça Princesa Isabel, local que tem sido chamado de Nova Cracolândia.
Desde a madrugada de quarta-feira, as polícias civil e militar e a guarda civil metropolitana têm mantido operações para dispersar as pessoas da região. São dependentes químicos e pessoas vivendo em situação de rua.
Depois de expulsas da praça, grupos são vistos perambulando por ruas próximas a procura de abrigo.
Segundo a prefeitura de São Paulo as operações policiais são feitas para combater o tráfico de drogas na região.
Imagens feitas por moradores do local, na noite dessa quinta-feira, mostram pessoas perambulando pela avenida Rio Branco e, em seguida, uma correria com a chegada de carros da polícia e os disparos dos policiais. As cenas ainda mostram Raimundo Fonseca caído na calçada e policiais isolando a área.
Em entrevista à rádio CBN prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, comemorou os resultados da ação policial e disse que está tudo acontecendo dentro do planejado.
Integrante do Movimento Nacional de Direitos Humanos, o advogado Ariel Castro Alves criticou a violência e pediu esclarecimentos.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo disse que a morte está sendo investigada para entender as circunstâncias do homicídio e a identificação do autor do crime.
Raimundo Fonseca Junior era de Campinas, no interior de São Paulo, chegou a ser internado para tratar a dependência química e desde 2019 morava nas ruas da capital paulista.
