Quase 200 barragens estão em situação crítica no país, segundo a ANA
O relatório, divulgado nesta semana pela Agencia Nacional das Águas (ANA), sobre a situação das barragens em 2021 revela que, no país, 187 delas estão em situação crítica e essas estruturas estão localizadas em 21 estados mais o Distrito Federal. O estado de Minas Gerais tem 66 barragens nessa situação, seguido pelos estados de Goiás e Pará, que possuem 18 barragens cada um em situação crítica.
O levantamento aponta ainda que foram reportados 13 acidentes e 27 incidentes em barragens no ano passado em 16 estados, com grande destaque para aquelas que ficam na região central do Brasil. A ANA atribuiu esses acidentes às chuvas intensas ocorridas entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, que causaram o transbordamento das águas.
Em relação aos gastos com manutenção, em 2021 foram destinados R$ 199 milhões para obras de segurança nas barragens, sendo 66% de governos estaduais e 34% desse valor da esfera federal. Apesar de ser o maior valor da série histórica, de acordo com a Agencia Nacional das Águas, ainda está aquém das necessidades para uma manutenção preventiva adequada.
O relatório aponta que atualmente mais de 22 mil barragens do país estão cadastradas pelos órgãos fiscalizadores do Sistema Nacional de Informações sobre Seguranças de Barragens.
No estado de São Paulo, oito barragens na região da grande Campinas, no interior do estado, se encontram em situação de categoria de risco e de dano potencial alto. Elas ficam nas cidades de Iracemápolis, Sumaré, Holambra e Lindóia.
Procuradas, as prefeituras de Sumaré e Lindóia afirmaram que as obras de manutenção estão sendo realizadas e não há riscos nos complexos das barragens. A prefeitura de Holambra enviou nota afirmando por sua vez que irá buscar agenda junto ao Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo para compreender melhor a questão e discutir soluções junto ao órgão.
A prefeitura de Iracemápolis e o Departamento de Águas e Energia de São Paulo não responderam até o fechamento.
