Cônsul acusado de matar marido terá nome incluído em lista da Interpol
O cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, acusado de matar o marido, o belga Walter Henri Ma Maximillen Biot, terá o nome incluído na lista de foragidos da Interpol. Ele deixou o Brasil no domingo, um dia antes de ter decretada nova ordem de prisão.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tornou o diplomata réu e decretou sua prisão preventiva, acatando denúncia do Ministério Público. O MP sustentou que o crime, ocorrido no dia 5 de agosto, na casa do casal, na zona sul carioca, foi praticado por motivo torpe, com “emprego de meio cruel, causando intenso sofrimento, e cometido de forma a dificultar a defesa da vítima”. Segundo laudo do inquérito policial, o corpo de Walter Biot apresentava sinais de espancamento, com mais de 30 lesões na cabeça, no tronco e nos membros.
O cônsul, chegou a dizer que o marido sofreu um mal súbito e morreu. Uwe foi preso, mas na última quarta-feira (24), em razão de um habeas corpus, ganhou liberdade.
Nesta segunda-feira (29), em nova decisão, a Justiça voltou a decretar a prisão do cônsul. A determinação, no entanto, não pode ser cumprida porque o diplomata já havia deixado o Brasil no domingo. Ele voltou para a Alemanha.
O juiz Gustavo Kalil, da Quarta Vara Criminal da Capital, expediu ofício à Polícia Federal, comunicando a existência de mandado de prisão contra Uwe Herbert Hahn, além de determinar a inclusão do seu nome no banco internacional de procurados e foragidos da Interpol.