A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de Victor Possobom, acusado de torturar o então enteado de quatro anos. As agressões foram flagradas por câmeras de segurança de um condomínio em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Dois vídeos mostram o padrasto agredindo o menino. O primeiro registro foi feito na recepção do condomínio e o segundo no elevador. As imagens seriam de fevereiro deste ano.
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da Primeira Vara Criminal de Niterói, também aceitou a denúncia de tortura oferecida pelo Ministério Público, destacando de que há indícios suficientes de autoria e materialidade para a instauração de ação penal e que se trata de um crime grave.
De acordo com o Ministério Publico, a mãe da criança, que não se relaciona mais com o denunciado, foi ouvida pela polícia e afirmou que não sabia que o filho sofria agressões do ex-companheiro. Ela também disse no depoimento que sofreu várias agressões na relação conjugal, inclusive abuso sexual e um aborto por causa da violência. Os fatos serão alvos de outra investigação.
O MP afirma que Possobom deve responder pelo crime de tortura, no mínimo duas vezes, de acordo com o código penal. E que o pedido de prisão preventiva se justifica pela gravidade dos fatos e também para garantir a segurança da criança, da mãe e das testemunhas.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Victor Possobom.
