Neste bicentenário da Independência, o desfile de 7 de setembro, em São Paulo, aconteceu na Praça Monumento, próximo ao córrego do Ipiranga, local onde o grito de Dom Pedro ratificou a autonomia do Brasil de Portugal, e que hoje dá lugar ao Museu do Ipiranga.
Segundo a prefeitura, 10 mil pessoas desfilaram neste feriado. Já o público enfrentou o frio e uma chuva que não deu trégua. Quem estava acostumado com o evento, sentiu falta das arquibancadas do sambódromo. Foi o caso da farmacêutica Suelen Menino, de 22 anos, que reclamou da falta de acessibilidade.
O desfile foi só uma parte da programação. Os veículos das forças armadas ainda ocupavam a avenida Dom Pedro I quando um grupo de estudantes da rede pública visitou o Museu do Ipiranga. Eles foram os primeiros visitantes depois do Museu ter ficado nove anos fechado para reformas. A restauração custou 235 milhões de reais. 80% dos recursos foram captados pela Lei Rouanet.
A visita foi restrita aos estudantes e aos funcionários que trabalharam na restauração do museu. Só a partir desta quinta-feira, o público em geral começa a ter acesso ao prédio inaugurado em 7 de setembro de 1895 e que tem em seu acervo o quadro "Independência ou Morte", de 1888, do artista Pedro Américo.
O dia ainda contou com a encenação do famoso grito de Dom Pedro I e um balé aéreo com 200 drones que iluminaram o céu paulistano com desenhos celebrando o bicentenário da independência.
As comemorações continuam na noite desta quarta-feira com apresentações de artistas, entre eles, Criolo, Fafá de Belém, Juliette e Gaby Amarantos. Os shows vão até 11 de setembro.
E para quem quiser visitar o Museu do Ipiranga é preciso agendar no site www.museudoipiranga.org.br. Até o dia 6 de novembro, os ingressos vão ser gratuitos. Só que é preciso correr. Os primeiros ingressos, até o dia 11 de setembro, esgotaram assim que o agendamento foi aberto, na segunda-feira.
