Em 6 de outubro de 2017, a Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares recebeu um grande reconhecimento ao ser agraciada com o Prêmio Nobel da Paz. De acordo com os organizadores, o prêmio foi concedido "por seu trabalho para chamar a atenção para as consequências humanitárias catastróficas de qualquer uso de armas nucleares e por seus esforços inovadores para alcançar uma proibição baseada em tratados de tais armas".
A Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares nasceu na Austrália, em 2005, com um grupo de profissionais da Associação Médica para a Prevenção da Guerra e dos Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear. O grande objetivo da Campanha era despertar o mundo para a importância da assinatura e cumprimento de tratados para proibir e eliminar as armas nucleares.
O trabalho realizado pela organização levou a Assembleia Geral das Nações Unidas a adotar, em 2016, uma resolução para negociar a proibição legal internacional de armas nucleares. No ano seguinte, 122 países-membros da ONU votaram a favor de um tratado para proibir o desenvolvimento, aquisição, armazenamento ou uso de armas nucleares. Mas nenhum membro da Otan ou potência nuclear apoiou a iniciativa.
O Nobel da Paz reconheceu os esforços da entidade que trabalha em parceria com organizações não-governamentais parceiras em mais de cem países. A instituição também conta com a participação de sobreviventes dos bombardeios atômicos que atingiram Hiroshima e Nagasaki. Foi a primeira vez que um movimento nascido na Austrália recebeu um Nobel da Paz.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo