A Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em São Paulo chamou uma coletiva de imprensa para dizer que a corporação não apoia os protestos de caminhoneiros contra o resultado das eleições.
Segundo o superintendente Fernando Miranda, a corporação não vai tolerar os atos que estão interditando as estradas.
Ele diz que a polícia rodoviária começou a conter os protestos na madrugada de segunda-feira e de lá pra cá foram desmontados mais de 30 bloqueios e interdições em rodovias federais no estado.
Dois homens identificados como lideranças dos protestos foram detidos. Um na região de São José do Rio Preto, oeste do estado. Outro em Guarulhos, na grande São Paulo. Os dois devem responder pelo crime de desobediência de ordem judicial.
Até agora foram aplicadas 52 multas, num valor total de mais de R$ 525 mil.
Mesmo assim no começo da tarde desta terça-feira, ainda havia havia 3 pontos interditados e 4 pontos de bloqueio, quando algumas faixas de rolamento continuam liberadas nos cerca de 1500 quilômetros de rodovias federais no estado de São Paulo.
Já nas rodovias estaduais, a Polícia Militar diz que foram liberados 60 pontos de bloqueio e interdição, Mas ainda restam 14 rodovias interditadas nessa segunda-feira.
Foi numa estrada estadual, próximo à cidade de Jundiaí, que uma carga de 520 mil ovos que seriam usados na produção de vacina para o H3N2 foi retida pelos protestos. Os ovos deveriam ter chegado ao Instituto Butantan às SEIS da manhã, mas só chegaram depois das DUAS da tarde. O atraso pode atrapalhar na conservação dos insumos e atrapalhar a produção de vacinas.
Os protestos também atrapalharam o maior aeroporto do país. Entre segunda e terça-feira o aeroporto de Guarulhos cancelou pelo menos 25 vôos porque os manifestantes fecharam o acesso até o aeroporto.
O governo do estado criou um gabinete de crise para discutir os bloqueios e a procuradoria geral do estado determinou a liberação total das estradas no território paulista.