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Amazonino Mendes, ex-governador do AM, morre aos 83 anos

Presidente Lula e governador Wilson Lima lamentaram a morte
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Lucas Pordeus León - repórter da Rádio Nacional
12/02/2023 - 17:25
Brasília

Morreu neste domingo (12), aos 83 anos, o ex-governador do Amazonas e ex-senador Amazonino Mendes. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde o dia 20 de dezembro, onde recebia um tratamento contra uma pneumonia.

Amazonino Mendes foi um dos principais políticos do Amazonas nas últimas quatro décadas. Começou a carreira como deputado estadual em 1979, ainda na ditadura militar. Foi prefeito de Manaus por três mandatos, sendo um deles como prefeito biônico, pois assumiu o cargo não por eleição, mas por indicação do governador da época. Em 1990, foi eleito senador do Amazonas.

Amazonino ainda foi governador do estado por quatro mandatos. Na eleição do ano passado ele concorreu novamente ao Executivo estadual, ficando em terceiro lugar, com 18% dos votos válidos.

Nas redes sociais, muitos políticos lamentaram a morte de Amazonino, incluindo o presidente Lula e o governador do Amazonas, Wilson Lima.

Veja a biografia do político

A carreira do ex-governador Amazonino Mendes, conhecido também como Negão, foi marcado por realizações, denúncias e polêmicas. Foi na gestão de Amazonino, em 1988, que foi criado o Bundódromo, onde ocorre o tradicional festival folclórico de Parintins - palco dos Bois-Bumbás do Garantido e do Caprichoso. Também foi o responsável pela criação da Universidade Estadual do Amazonas.

Já na campanha de 1986, Amazonino chegou a prometer entregar uma motosserra a cada morador do interior, gerando uma reação do Ibama. Em 1989, extinguiu a Polícia Civil do estado, acusando-a de ser podre e corrupta. Após uma série de ações judiciais, foi obrigado a reestabelecer a instituição.

Em 1997, ele acusado de operar a compra de votos de deputados da região Norte para aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reeleição durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2008 foi acusado de compra de votos e teve o mandato de governador caçado, mas o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) devolveu o mandato de Amazonino.

 

*Notícia atualizada às 9h45 do dia 13/02 para substituição de áudio.

 

 

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