Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira (13) entre os representantes dos trabalhadores da área de enfermagem e instituições de saúde no Rio de Janeiro.
Enfermeiros, auxiliares e técnicos entraram em greve na sexta-feira (10) por tempo indeterminado pelo cumprimento do piso nacional da categoria.
Antes da audiência, os profissionais realizaram um protesto em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
Diante da falta de consenso, o desembargador Cesar Marques Carvalho determinou a realização de uma nova audiência na próxima sexta-feira.
A Lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República que estabelece piso salarial para os profissionais de enfermagem foi suspensa pelo STF após ação ajuizada pela Confederação Nacional de Saúde.
Com o movimento paredista, os trabalhadores também pedem reajuste salarial, por causa da perda do poder de compra com a inflação dos últimos anos, e cobram que o direito de greve seja respeitado.
Já os sindicatos patronais, acusam a paralisação de ser abusiva e responsável por graves riscos à saúde da população.
O desembargador que presidiu a audiência determinou que, ao longo desta semana, sejam assegurados os serviços essenciais à população, com, no mínimo, 60% de trabalhadores por plantão.
O magistrado fixou multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.