Depois da divulgação de vídeos mostrando a retirada de uma passageira de um voo em Salvador, na Bahia, os ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e da Cidadania enviaram solicitações ao Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) para avaliar se houve crime de racismo.
Os ministérios afirmam que receberam com “indignação” as notícias da situação ocorrida no voo que tinha como destino o aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A Anac também foi notificada sobre o caso.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, policiais federais retiram a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Samantha Vitena, uma mulher negra, de um avião da Gol durante uma discussão a respeito do despacho de uma mala. Passageiros afirmam que Samantha Vitena já havia acomodado a mochila em um compartimento de bagagem e que os policiais chegaram quase uma hora depois.
A superintendência da Polícia Federal na Bahia informou que abriu uma investigação para apurar crimes de preconceito racial na retirada da passageira. E a Secretaria Nacional do Consumidor também informou que vai notificar a Gol para prestar explicações sobre o episódio.
Em nota, a Gol Linhas Aéreas informou que, durante o embarque, havia muitas bagagens a serem acomodadas a bordo e que a cliente não aceitou a colocação da sua mochila nos locais indicados e, por medida de segurança, não pôde seguir no voo. A companhia divulgou comunicado pelas redes sociais afirmando que está apurando o ocorrido e que não tolera nenhuma atitude discriminatória.




