MST cobra metas de assentamento para famílias pelo governo federal
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cobrou, nesta terça-feira (11), metas de assentamento de famílias pelo governo federal. O MST estima que 60 mil famílias estão vivendo hoje em acampamentos improvisados.
João Paulo Rodrigues, da Coordenação do MST, afirmou que o desafio é acolher as famílias que aguardam há mais de 10 anos pelo assentamento.
O MST também pede ampliação emergencial do financiamento para produção no campo. Uma outra crítica é a atual política econômica do Banco Central.
O movimento ainda cobrou a mudança dos superintendentes do INCRA para implementação da reforma agrária. Em Alagoas, na segunda-feira (10), o MST ocupou a sede da autarquia para pressionar pela saída do superintendente estadual César Lira.
João Paulo diz que o governo mudou e os dirigentes do INCRA precisam mudar também.
Anunciada pelo MST, a jornada Abril Vermelho não terá como foco a ocupação de terra. Neste ano, 16 já ocorreram. No ano passado, foram 40 no total.
O movimento focará sua jornada em marchas, atos e denúncias de trabalho escravo no campo. A jornada, organizada historicamente pelo MST, promove ações para lembrar do Massacre de Eldorado de Carajás, no Pará, em 1996. Na ocasião, 21 camponeses foram mortos por uma operação da Polícia Militar de desocupação de terra.