Petrobras cria grupo de trabalho contra assédio e importunação sexual
Diante do vazamento na mídia de denúncias de assédio e importunação sexual à mulheres na Petrobras, a estatal resolveu criar um grupo de trabalho para rever os procedimentos internos de recebimento e tratamento desse tipo de denúncia.
O grupo, que será coordenado pela gerente executiva de Saúde, Meio Ambiente e Segurança, Daniele Lomba, tem até o próximo dia 20 para apresentar os resultados do diagnóstico e as medidas imediatas a serem implementadas.
O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro reconhece a gravidade do problema, mas diz que poucas denúncias são formalizadas. Isto porque as vítimas se sentem constrangidas com os canais inadequados disponibilizados pela estatal.
A advogada Karina de Mendonça Lima, do Sindipetro, acrescenta que a Petrobras está despreparada para lidar com os casos de assédio sexual, importunação sexual e também assédio moral as mulheres, principalmente de empresas terceirizadas. A advogada citou, por exemplo, que a maioria dos trabalhadores no ambiente da estatal, seja na sede, refinarias, centros de pesquisa, é de homens, o que inibe a formalização de denúncias.
A nova gestão da Petrobras informou que serão revistos os processos de proteção às denunciantes e de aplicação de punições, assim como as atribuições das áreas que são responsáveis pela apuração dos casos.