Consumido principalmente entre os jovens, o cigarro eletrônico tem chamado a atenção de especialistas. É que os produtos utilizados para gerar a fumaça desse tipo de cigarro, incluem quantidades elevadas de substâncias nocivas à saúde.
Diretor-executivo da Fundação do Câncer, o cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni explica que, ao contrário do que muitos jovens acreditam, o produto concentra altos índices de nicotina, substância que pode causar dependência. A utilização desse tipo de dispositivo, também eleva o risco de infarto, câncer e doenças pulmonares.
Os cigarros eletrônicos surgiram no exterior como uma alternativa ao hábito de fumar. O cirurgião, no entanto, ressalta que é mito o fato de que o dispositivo possa ajudar nesse processo. A legislação brasileira proíbe a venda, importação e propaganda do produto, que também podem causar acidentes.
Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer mostra que o cigarro eletrônico é porta de entrada para o tabagismo. Análise de mais de 20 pesquisas em diferentes países mostrou que o uso do dispositivo aumentou em quase três vezes e meia o risco de uma pessoa experimentar o cigarro convencional, e em mais de quatro o risco de passar a utilizar o produto.