Dia dos Namorados: pessoas com deficiência contam histórias de amor

“O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo

acha a razão de ser, já dividido.

São dois em um: amor, sublime selo

que à vida imprime cor, graça e sentido”.  

Os versos de Amor, poema do livro Amar se aprende amando, do escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade remete a histórias de encontros inesperados, afinidades, cumplicidade e respeito, lembradas neste Dia dos Namorados.

Alexmárcio Oliveira e Karina Evaristo moram em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Analistas judiciários, eles se conheceram no trabalho e se apaixonaram. O casal de namorados divide a rotina, os cuidados e a admiração um pelo outro. Gestos que são reconhecidos por Alexmárcio como provas de amor.

Com síndrome pós-poliomielite, Alexmárcio relata que sofreu preconceito na adolescência, realidade comum a muitas pessoas com deficiência quando buscam um relacionamento afetivo.

A publicitária Mariana Veloso, moradora de Brasília namora Jonas Borges, que trabalhava em um aplicativo de carros adaptados para pessoas com deficiência. Ela tem distrofia muscular de cintura, passou a pedir corridas com Jonas e começou ali uma paquera. Hoje, o casal celebra quatro anos de relacionamento.  

Por caminhos mais acolhedores e inclusivos, Alexmárcio e Mariana contaram suas histórias de amor a esta reportagem. O poeta Drummond devia mesmo estar certo: o amor imprime à vida cor, graça e sentido.

* Com colaboração de Jacson Segundo e Noemi Higino e sonoplastia de Jaílton Sodré.