O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro classificou como “lamentáveis” os protocolos empregados nas operações da Polícia Militar que culminaram nas mortes dos adolescentes Thiago Flausino, de 13 anos, na Cidade de Deus, Wendell Eduardo, de 17 anos, na Ilha do Governador e da menina Eloah Passos, de 5 anos, no Morro do Dendê, no último fim de semana.
Policiais militares são acusados pelos disparos que atingiram as três vítimas. Castro falou pela primeira vez sobre as mortes durante a reinauguração do Restaurante Popular da Central do Brasil, nessa terça-feira. O governador foi vaiado pelo público presente. Também nessa terça-feira, o porta-voz da Polícia Militar, coronel Marco Andrade, anunciou que todos os policias militares que se envolveram em ações que resultaram em morte ou lesão corporal grave passarão por uma reciclagem obrigatória.
Até essa segunda-feira, o Instituto Fogo Cruzado já registrou 16 crianças com menos de 12 anos baleadas no Grande Rio: sete morreram e nove ficaram feridas somente em 2023. A metade delas foi atingida durante operações policiais. Em 7 anos, mais de 600 crianças e adolescentes foram baleados na região que compreende cidades como a capital, Niterói e São Gonçalo, além dos municípios da Baixada Fluminense.
