Mais de 18 milhões de pessoas no país, cerca de 9% da população, segundo o IBGE, têm algum tipo de deficiência. E apesar dos avanços para a garantia de inclusão, o preconceito ainda é muito presente.
Esse é o sentimento de Estevão Lopes, advogado e multiesportista. Em 2012, aos trinta e quatro anos, ele foi vítima de bala perdida, em Brasília e ficou paraplégico. No esporte, Estevão se reinventou e de lá pra cá, já foi campeão na vela adaptada, remo paralímpico e paracanoagem em torneios dentro e fora do país.
Para Estevão preconceito e discriminação ainda precisam ser superados e, principalmente, o capacitismo.
Estevão destaca a falta de pessoas com deficiências em cargos públicos e cobra mais visibilidade, políticas de inclusão e compartilhamento de responsabilidades.
A Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Anna Paula Feminella, disse que é preciso construir uma cultura de participação social das pessoas com deficiência. Segundo a secretária, os direitos do grupo são invisibilizados e muitas vezes negados.
Anna Paula Feminella detalhou algumas ações do governo federal que incluem gestão inclusiva e participação social, enfrentamento à violência e acessibilidade. A secretária destacou a retomada do Conade, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e um novo plano o “Viver sem Limite II”.
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é lembrado nesta quinta-feira e foi criado em 2005 para conscientizar da importância da inclusão na sociedade de pessoas com algum tipo de deficiência.