O Rio Grande do Sul tem alerta laranja para fortes chuvas e tempestades nesta semana. Um novo ciclone extratropical, que será formado em alto mar, também é monitorado.
Entre segunda (11) e sexta-feira (15), há risco de mau tempo em grande parte das regiões do estado devido à formação de uma nova frente fria. Nos primeiros dias de setembro, os volumes de chuva já superaram a média histórica na maior parte do Rio Grande do Sul.
Desta vez, a meteorologia prevê que os volumes de chuva podem variar entre 100 e 200 milímetros nas regiões Sul, Campanha, Oeste, Centro, Sudeste, Leste e Noroeste e ultrapassar 250 milímetros em alguns pontos. O risco é alto para queda de granizo, descargas elétricas e vento forte.
Além disso, as chuvas podem atingir os municípios já afetados nos últimos dias entre quarta (13) e quinta-feira (14), mas em menor volume. É o que explica a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, Dayse Moraes.
A partir da tarde desta segunda, é alta a possibilidade de deslizamento de terras ou inundações, no sudeste e sudoeste do estado. A água acumulada pode favorecer a ocorrência de alagamentos e a elevação dos níveis de rios e córregos.
O prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana, disse que a cidade de 12 mil habitantes está se reconstruindo. As ruas estão sendo limpas, a educação sem previsão de volta às aulas e hospitais e postos de saúde devem voltar a funcionar só em 30 dias. Cerca de 70% do município foi atingido pelas fortes chuvas.
Nesta segunda-feira, mais 13 cidades foram incluídas no decreto de calamidade pública. Agora, são 92 municípios nessa situação.
Já chega a 46 o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. São mais de 340 mil pessoas afetadas em 93 municípios.
Quarenta e seis pessoas seguem desaparecidas e 25 mil continuam fora de suas casas. A tragédia deixou cerca de 924 feridos. Até o momento, três mil moradores foram resgatados.
Ainda há oito trechos com bloqueios totais ou parciais em sete rodovias e algumas pistas seguem alagadas.





