No ano passado, dos mais de 22 milhões de vagas para o ingresso no ensino superior oferecidas no país, 75% foram para cursos à distância. Essa prevalência foi notada nas licenciaturas e tecnológicos. Apenas os bacharelados tiveram maioria de vagas presenciais.
De acordo com dados do Censo da Educação Superior 2022, divulgado nesta terça-feira (10), 96% das vagas são em instituições privadas, enquanto na rede pública, 25% das vagas são remanescentes, como detalhou Carlos Eduardo Moreno, diretor de Estatísticas Educacionais do Inep.
Apesar do volume de vagas, no ano passado, 4,7 milhões de estudantes ingressaram no ensino superior. Carlos Moreno, do Inep, destaca a dificuldade de preenchimento das matrículas na rede pública.
O levantamento mostra ainda que 2.595 instituições de Educação Superior atuam no Brasil. Desse total, 1.449 são de instituições privadas com fins lucrativos; 834 privadas sem fins lucrativos; 133 instituições estaduais; 120 federais e 59 municipais.
O censo mostra também que 23% da população adulta jovem do Brasil, entre 25 a 34 anos, frequenta o ensino superior. São quase 9,5 milhões de estudantes matriculados. A média dos países da OCDE é de 47,2%.
Para o diretor do Inep, Carlos Moreno, a expansão do ensino superior no país, como proposto pelo Plano Nacional de Educação, pode se dar, por exemplo, a partir da referência dos países que reúnem as economias mais avançadas do mundo.
O Censo da Educação Superior 2022 mostrou que os dez maiores cursos de graduação em número de matriculados são: Pedagogia, Direito, Administração, Enfermagem, Contabilidade, Psicologia, Sistemas de Informação, Educação Física, Medicina e Gestão de Pessoas.
Na rede pública, o curso presencial mais concorrido é o de Medicina, com 53 candidatos por vaga, seguido pelos cursos dos institutos militares: Engenharia Espacial, Engenharia Aeronáutica e Ciências Militares. Na rede privada, Medicina aparece como o mais disputado, com nove candidatos por vaga.
