A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (8), cinco operações simultâneas para combater uma organização que estaria desviando dinheiro público de municípios em Sergipe e Alagoas, por meio de crimes contra o sistema financeiro nacional e até agiotagem.
As operações contaram com 130 policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União.
Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, em 13 municípios, a maior parte em Sergipe e Alagoas, mas também em Alagoinhas, Bahia, e Santo Ângelo, Rio Grande do Sul. Além disso, três pessoas foram suspensas da função pública.
Segundo a PF, as investigações começaram há três anos, quando foi levantada a suspeita de desvio de mais de R$ 1 milhão que deveriam ser usados para o enfrentamento da covid-19, na cidade sergipana de Pacatuba. Mas a PF descobriu que o grupo empresarial criminoso atuava, com a ajuda de agentes públicos, há mais de uma década na região nordeste.
Em uma das cinco operações desta quarta-feira, foram identificadas movimentações bancárias suspeitas, que, em menos de três anos, chegaram a mais de R$ 860 milhões.
Em outras três operações, a polícia investiga contratos fraudulentos, em valores que somam quase R$ 9 milhões, para: fornecimento de veículos, máquinas pesadas e prestação de serviços aos municípios, além de empréstimos junto a instituições financeiras.
De acordo com a Controladoria Geral da União, além de criminosos, os desvios trouxeram prejuízo social direto para a população. Parte dos valores estavam destinados aos Fundos Municipais de Assistência Social e Saúde, além do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar.