Segundo a Unesco, os países precisam criar leis para garantir a equidade entre as pessoas e combater a discriminação.
Terminou nesta sexta-feira a terceira edição do Fórum Global contra o Racismo e a Discriminação.
Durante três dias, ministros de 15 países estiveram reunidos em São Paulo para discutir agendas pela igualdade racial e de gênero.
Gabriela Ramos, diretora-geral adjunta de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO, disse que os países reconheceram que o racismo existe, que a violência contra as mulheres continua e que faltam oportunidades para as pessoas afrodescendentes e pediu esforço para sejam criadas leis que garantam a equidade:
Ela também alertou para novos desafios colocados pelo avanço tecnológico, como a inteligência artificial, que tem reproduzido a massivamente a discriminação.
O Brasil sediou o encontro, que aconteceu em São Paulo. O país foi reconhecido por estar na vanguarda do pensamento sobre o racismo no mundo e foi cobrado para que dê visibilidade a ideias de pensadoras como Sueli Carneiro, Lélia Gonzales e Conceição Evaristo.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou o protagonismo brasileiro, mas também reconheceu que o país tem muito o que avançar.
Segundo as Nações Unidas, em 2023, de cada SEIS pessoas pelo menos uma relatou ter sofrido algum tipo de discriminação em todo o mundo.
Entre os países que mandaram representantes estavam o Canadá, que apresentou sua experiência de orçamento público baseado em questões de gênero, a França que falou sobre os programas de apoio a mulheres vítimas de violência e o México que, assim como o Brasil, tem na política de cotas um estímular a participação de grupos discriminados. Os Estados Unidos também participaram do encontro e reconheceram que enfrentam retrocessos na agenda da equidade.
Durante o Fórum, foi criada a Rede de Lideranças contra o Racismo. A promessa é que a rede ajude a concretizar propostas da agenda de inclusão e antirracista discutida no Fórum.





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