Paramotores não são autorizados a realizar voos panorâmicos turísticos
Sol. Mar. Céu azul. O cenário é convidativo para um voo panorâmico e imagens instagramáveis. Na Praia do Futuro, em Fortaleza, no Ceará, vendedores oferecem passeios de paramotor. A decolagem é feita em meio às pessoas, na areia. Na pequena aeronave, um instrutor comanda o voo enquanto o passageiro aproveita para filmar e tirar selfies.
Em alguns momentos, voam baixo, próximo aos banhistas. Mas paramotores não são autorizados a realizar voos panorâmicos turísticos e pagos. O presidente da Associação Brasileira de Paramotor, Claudio Sergio Tonhetta, destaca as recomendações para um voo seguro.
O paramotor é classificado como aeronave leve esportiva. Para esse equipamento a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) emite uma certificação diferenciada. Para difundir maior conhecimento sobre a prática aeroesportiva, a Associação Brasileira de Paramotor realiza treinamentos teórico e prático, com direito a certificado aos pilotos. Tonhetta acredita que regulamentar a profissão de instrutor poderia trazer mais segurança aos praticantes e contribuir para o desenvolvimento do esporte.
Uma das escolas consultadas pela nossa produção informou que não faz passeio turístico na praia cearense. Mas oferece voos de instrução por R$ 220. Um tipo de aula experimental, sem compromisso de continuação no esporte. De acordo com as normas da Anac, voos de paramotor devem cumprir as regras operacionais para não colocar em risco pessoas no solo ou o sistema de aviação civil. A fiscalização deve ser feita por Secretarias de Segurança Pública. Procurada pela nossa reportagem, a Secretaria do Estado do Ceará não respondeu até o fechamento da matéria.