Fatores como raça e etnia podem influenciar no desenvolvimento infantil. É o que mostra um estudo publicado por pesquisadores da Fiocruz Bahia.
Foram avaliados dados de quatro milhões de crianças, nascidas de janeiro de 2003 a novembro de 2015, e que tiveram o desenvolvimento acompanhado no período entre 2008 e 2017.
Neste cenário, de acordo com o levantamento, filhos de mães indígenas, pretas, pardas e de origem asiática apresentaram maiores taxas de baixa estatura e de peso em relação às crianças de mulheres brancas.
O levantamento alertou para uma maior desigualdade em relação a filhos de mulheres indígenas. Comparadas às nascidas de mães brancas, crianças indígenas registraram 740 gramas a menos de peso; seguidos por filhos de mães pardas, pretas e de descendentes asiáticas.
A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Helena Banes, defende o estudo como fundamental no estabelecimento de políticas públicas para combater essas desigualdades.
A pesquisa também avaliou os índices de interrupção do pré-natal, que foi maior entre as indígenas.
Em média, 47% das mulheres pretas e 48% das pardas não completaram os exames. Já em relação às indígenas, o índice alcançou cerca de 67%.