Comunidades quilombolas que vivem em insegurança alimentar, em Alcântara, Maranhão, foram beneficiadas nesta segunda-feira (26) com o fortalecimento dos sistemas produtivos, a partir de um método patenteado pela Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A parceria, que conta com participação do Instituto Federal do Maranhão, prevê a integração de várias atividades, como criação de galinhas e peixes, compostagem e vermicompostagem e horticultura.
O objetivo é o fortalecimento das famílias que vivem em insegurança alimentar, dificuldades no fornecimento de energia elétrica e vulnerabilidade de trabalho em função do isolamento social e das desapropriações das famílias que ocupavam a região do Centro Espacial de Alcântara.
O projeto prevê a construção de usinas fotovoltaicas que permitem autonomia energética, que é capaz de medir a energia limpa gerada. O investimento inicial é de R$ 5 milhões, de um total de R$ 30 milhões previstos para o atendimento as comunidades.
O lançamento do projeto "Sisteminha + Produção de Energia Limpa" contou a presença dos ministros Paulo Teixeira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, Anielle Franco, da Igualdade Racial, do governador do estado, Carlos Brandão, e o chefe-geral da Embrapa Cocais, Marco Bomfim.
Segundo a ministra Anielle Franco, a presença do Ministério da Igualdade Racial na região é fundamental para aprofundar e garantir as entregas para as comunidades de Alcântara. S. De acordo com o IBGE, a cidade de Alcântara tem a maior população quilombola residente do país, mais de 9,3 mil moradores, o que corresponde a 84% da população total do município.
O projeto lançado nesta segunda faz parte da implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola para fortalecer os mecanismos de governança e de gestão ambiental e territorial feito pelas próprias comunidades.