A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão de Paulo Sérgio de Lima, que feriu duas pessoas a tiros e manteve outros 16 reféns dentro de um ônibus na Rodoviária do Rio de Janeiro nesta terça-feira (12).
Em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira, a prisão foi convertida de flagrante para preventiva.
De acordo com a decisão, a medida é necessária para garantir a ordem pública, já que Paulo Sérgio é reincidente, já foi condenado por crimes graves e estava foragido do sistema penitenciário.
O juiz Pedro Ivo D'ippólito também destacou a periculosidade concreta e a gravidade dos crimes cometidos: tentativa de homicídio qualificado, sequestro e porte ilegal de arma de fogo.
Além disso, concluiu que a liberdade do sequestrador pode gerar mais temor às vítimas, que já estão abaladas pelo crime e ainda terão que depor em juízo.
De acordo com as investigações, Paulo Sérgio estava fugindo de traficantes e por achar que estava sendo perseguido na rodoviária, atirou em passageiros e depois entrou dentro de um ônibus, mantendo 16 pessoas reféns. Um dos feridos foi atingido por estilhaços e liberado logo depois de receber atendimento médico, mas o petroleiro Bruno Lima da Costa foi atingido por três tiros, no coração, pulmão e baço. Ele passou por cirurgia e chegou a ser admitido em uma unidade de referência em procedimentos cardíacos de alta complexidade, mas depois foi transferido para um hospital geral. Seu estado é crítico, mas se mantém estável com o suporte da terapia intensiva.