O Ministério das Comunicações desenvolve plano para que a infraestrutura de internet brasileira também tenha uma conexão com os cabos submarinos instalados no Oceano Pacífico. Hoje, a internet no Brasil depende basicamente dos cabos de fibra ótica que vêm pelo Oceano Atlântico e são responsáveis por 99% do nosso tráfego de dados.
Na semana passada, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, assinou um acordo com o governo colombiano para que a infraestrutura da internet brasileira tenha mais possibilidades de se conectar com o restante do mundo. A parceria prevê a extensão da nossa rede, por fibra ótica, até a cidade colombiana de Leticia, na tríplice fronteira amazônica, que também inclui o Peru. Assim, se uma conexão estiver sobrecarregada, ou tiver algum problema, o tráfego de dados será feito por um caminho alternativo.
A infraestrutura está sendo instalada, do lado brasileiro, por meio de uma plataforma fluvial, que lança os cabos submersos nos rios. De acordo com o ministro de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, Mauricio Lizcano, o mesmo será feito do outro lado. A partir de junho, a infovia colombiana começa a ser implantada até a cidade de Tumaco, no litoral com o Oceano Pacífico, beneficiando também 75 mil colombianos.
Do lado brasileiro, será feita uma infovia de 1,1 mil km até 2025, conectando 13 municípios, entre eles Tabatinga, na tríplice fronteira. Essa "estrada digital", como também é chamada, faz parte de oito infovias que estão em implantação no Norte que vão conectar localidades remotas, com investimento de R$ 1,3 bilhão.