Entenda a tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul
![Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Porto Alegre (RS), 17/05/2024 – CHUVAS RS- ENCHENTES-DRONE - Centro histórico de Porto Alegre permanece alagado devido as fortes chuvas dos últimos dias. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
As fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril causaram estragos que ainda não foram calculados. As inundações afetaram um total de 458 cidades, o que corresponde a mais de 90% dos municípios gaúchos, com mais de 2 milhões de pessoas impactadas pelo evento climático extremo.
O volume de chuva passou de 800 milímetro em mais de 60% do estado, deixando mais de 500 mil pessoas desalojadas, ou seja, tiveram que sair de suas casas, e 77 mil estão vivendo em abrigos no momento. As mortes chegam a 151 e ainda há 104 desaparecidos.
Para explicar algumas causas dessa tragédia, sem precedentes no estado, a Radioagência Nacional ouviu o geólogo Rualdo Menegat, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Autor do Atlas Ambiental de Porto Alegre (https://www.ufrgs.br/atlas/), Menegat defende que não se pode acusar apenas a grande precipitação como causadora da tragédia, mas também os problemas graves de gestão pública dos espaços e equipamentos urbanos de proteção, bem como a ocupação intensiva do solo, que potencializaram os impactos.
O professor cita cinco eixos estruturantes para entender o desastre: a chuva muito grande em um ambiente propício, com vales de rios que escoam a água com muita rapidez; a desestruturação dos serviços ecossistêmicos naturais, com o avanço das plantações de soja até a margem dos arroios e em locais de alagados, bem como a especulação imobiliária que ocupa áreas de extravaso dos corpos d’água e diminui as áreas de proteção ambiental; o desmantelamento da infraestrutura de proteção, como órgãos reguladores e instrumentos de contingência como diques e bombas de água; e uma Defesa civil ineficiente que só atua no socorro, e não na prevenção, bem como uma população sem treinamento sobre como agir em caso de desastres.
![FAB/Divulgação Brasília (DF) 08/02/2025 - Segundo grupo de brasileiros deportados dos EUA desde o início da gestão Trump desembarcou no Ceará na sexta-feira (7/2) e foi levado em avião da FAB até Belo Horizonte
Foto: FAB/Divulgação](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Foto: Agência Santarém. Amazônia-11/12/2024 Amazônia tem o maior número de queimadas e incêndios em 17 anos. Foto: Agência Santarém.](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Ralf Vetterle/Pixabay Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima – COP28. – Meio Ambiente; mudanças climáticas; poluição do ar; fumaça fábricas; chaminés; CO2. Foto: Ralf Vetterle/Pixabay](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Paulo Pinto/Agência Brasil São Paulo (SP), 30/01/2025 - Chuva leve no final da tarde no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Banco Central/Reprodução Brasília (DF) - Página de consulta de valores a receber do Banco Central do Brasil. Foto: Banco Central/Reprodução](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Ruth Toledo/Arquivo Público-SP VIOLÊNCIA À IMPRENSA; DITADURA; CENSURA - Reunião de Intelectuais contra a Censura, 1967. Foto: Ruth Toledo/Arquivo Público-SP](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)