Enquanto desabrigados deixam o maior centro de acolhimento temporário do Rio Grande do Sul, parte de quem fica não sabe o que será da própria casa.
Em Canoas, o abrigo montado na Ulbra, Universidade Luterana do Brasil, chegou a beirar oito mil acolhidos no ápice das inundações.
Agora, ele tem reduzido, mas os números não são precisos. O controle é feito com base nas refeições servidas. A quantidade de marmitas servidas à noite caiu mais ou menos pela metade nos últimos dias.
As pessoas saem por conta própria ou são direcionadas pela prefeitura para outros abrigos.
Claiton Lacerda está com o marido e a avó na Ulbra. Ele não tem perspectiva de voltar a morar na mesma casa.
Além dos desabrigados, mais de mil animais foram recebidos na Ulbra. Entre eles, o cavalo Caramelo que sobreviveu após ficar dias imóvel em cima de uma casa.
Décio Gonçalves, de 72 anos, estava carregando sacolas para ir para casa do genro em Nova Santa Rita, outra cidade da região. Há uma preocupação crescente com as síndromes respiratórias por causa do frio e da aglomeração.
Já Terezinha da Silva, moradora do Mathias Velho, bairro extremamente afetado pela inundação, não sabe quando vai voltar para casa.
Claiton Lacerda está com o marido e a avó na Ulbra. Ele não tem perspectiva de voltar a morar na mesma casa.