O Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, não poderá aumentar imediatamente a frequência semanal de 2.700 de voos, conforme planejava a concessionária que administra o terminal.
Isso porque, segundo portaria da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, emitida nesta semana, o aeroporto apresenta falhas estruturais, como na sinalização horizontal nos pátios de aeronaves. Essa irregularidade tem gerado infrações. No dia 2 de abril, a administradora GRU Airport foi multada em mais de R$ 750 mil.
A agência reguladora apontou também problemas na supervisão de operações no pátio, que podem causar ocorrências mais graves. A Anac pede solução em 60 dias.
A GRU Airport alega que a determinação da Anac é desproporcional, e que espera reverter a decisão. A empresa argumenta que vem executando plano de ação acertado com a agência para melhorias na infraestrutura, sem risco aos voos.
A concessionária afirma que já investiu R$ 670 milhões para melhorias na infraestrutura e aumento de capacidade. E que ainda em 2024, vai aplicar mais R$ 200 milhões na modernização e manutenção de áreas de circulação de passageiros e sistema de som e ampliação de vias de embarque e desembarque de carros de aplicativo.
Em 2023, o aeroporto da Grande São Paulo, considerado o maior da América do Sul, foi o mais mal avaliado entre 12 terminais, por um índice de qualidade da agência. Uma das queixas dos passageiros era o tempo de espera em filas de embarque e de inspeção. No último mês de abril, o terminal movimentou 3,3 milhões de passageiros.
