O especialista em segurança de aviação Paulo Licati, que estava na cidade de Vinhedo, no dia de hoje, disse que o acidente que ocorreu na cidade pode ter sido causado pelas condições climáticas desfavoráveis, causando o acúmulo de gelo na fuselagem do avião.
“Os pilotos que estavam voando aqui hoje relataram muito gelo, gelo severo, uma condição bem atípica. Até um piloto amigo meu comentou, ‘estou na aviação há 40 anos, acho que é a primeira vez que eu vi uma condição de gelo tão severa quanto essa’”.
Paulo Licati ainda afirma que as causas serão analisadas pelo CENIPA, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
Ele destaca que os aviões turboélices, como era o caso do Voepass, que sofreu a queda em Vinhedo, são aeronaves seguras e preparadas para essa condição.
“Como é um avião para curtas distâncias, não é um avião feito para voar muito alto, nem tem necessidade, porque o projeto dele é pra curtas distâncias. Mas também, dentro disso, ele é um avião que voa dentro de uma camada, quando tem formação de gelo, ele pega justamente aquela parte mais grossa, que tem mais probabilidade de formação de gelo. Mas, não quer dizer que o avião seja menos ou mais seguro por causa disso. É uma característica do voo desse avião”.
O especialista reforça que para todo voo é feito um plano e as condições climáticas são verificadas, mas nem sempre é possível prever exatamente como estará o tempo.