A Polícia Federal faz hoje (14) operação de combate à uma organização criminosa suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça do Maranhão. Entre os investigados, estão pelo menos quatro desembargadores, dois juízes, um ex-juiz e advogados.
São cumpridos 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro.
Também estão sendo cumpridas medidas cautelares, como o afastamento de cargos públicos, sequestro e indisponibilidade de bens e monitoramento eletrônico. E está proibido o contato entre os investigados. Entre os itens apreendidos estão joias, carros de luxo e maços com cédulas em euro e dólares.
A Polícia Federal não informou nomes dos suspeitos, valores apreendidos e quanto foi movimentado financeiramente através da manipulação de processos do TJ do Maranhão para obter vantagem financeira. Mas somente uma das sentenças teria desviado valores acima de R$ 18 milhões.
O nome da operação, batizada de “18 minutos”, é porque foi nesse curto espaço de tempo que foi proferida a decisão, a expedição do alvará e o saque dos valores desviados.
No Maranhão, os policiais federais estiveram nos endereços residenciais dos investigados e em algumas unidades do prédio-sede do Tribunal de Justiça e do Fórum de São Luís, incluindo gabinetes de alguns desembargadores. O setor de informática chegou a ser interditado pela PF nesta manhã.
Em nota, o TJ do Maranhão informa que colabora com a operação policial.