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Violência no trânsito bate recorde em São Paulo no primeiro semestre

Foram registradas quase 3 mil mortes de janeiro a junho
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Leandro Martins - repórter da Rádio Nacional
01/08/2024 - 15:23
São Paulo
Trânsito de veículos na Rodovia Presidente Dutra.
© Rovena Rosa/Agência Brasil

Com quase 3 mil mortes, de janeiro a junho, a violência no trânsito bateu recorde no estado de São Paulo. 

Esse número representa mil mortes a mais do que no mesmo período de 2023, quando foram registrados quase dois mil óbitos. Os dados são do Infosiga, a plataforma de estatísticas de trânsito do governo estadual. 

Só na região metropolitana de São Paulo, 850 pessoas perderam a vida dessa maneira no período, uma alta de mais de 30% se comparado ao primeiro semestre do ano passado. 

E os números poderiam ser ainda maiores. Isso porque o cálculo das mortes por acidente automobilístico no Brasil é diferente de outros países. Pela lei nacional, só é considerado falecimento no trânsito quando a pessoa morre no local. Vítimas hospitalizadas que vêm a falecer depois, não entram nessa conta. 

Os motociclistas foram as principais vítimas fatais nas ruas e estradas paulistas no primeiro semestre - quase 1.300 - seguidos por condutores de automóveis e pedestres, com cerca de 700 casos em cada grupo, e depois, os ciclistas, com 219 mortes. 

A letalidade nas vias de São Paulo reflete a realidade do país. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa o terceiro lugar do mundo no ranking das nações com mais mortes em acidentes de trânsito, superado apenas por Índia e China, com populações cinco a seis vezes maiores que a brasileira.

Os condutores precisam lembrar de critérios básicos para dirigir, que todos aprendem nos cursos de habilitação. Por exemplo: se for beber, não dirija; respeite os limites de velocidade, e use a seta para mudar de faixa. 

A causa principal de mortes no trânsito, no Brasil, é justamente a combinação de direção e bebida alcoólica. 

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