A Amazônia será o ponto de encontro global de artistas e ativistas de 20 países que estarão reunidos no fórum "Arte pela Justiça Climática". O evento ocorre um ano antes da Cop 30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será sediada na capital paraense em 2025. A proposta do fórum é integrar agentes de mudança e organizações locais. A curadora do fórum, Renata Aguiar, dá mais informações sobre a proposta:
"Acredito que essas trocas, essas soluções e atravessamentos locais de cada parte do mundo, no nosso território, só têm a somar com o que já vem sendo desenvolvido, especificamente, para o território onde vivemos e trabalhamos."
Para os promotores do encontro, é importante que esse debate ocorra na Amazônia, um dos territórios mais afetados pelas tensões ambientais. Diversos artistas da Amazônia integram um encontro que conta com a participação de artistas internacionais.
Cultura é uma necessidade básica e vital para a humanidade, destaca Renata Aguiar, no engajamento da arte ligada aos temas que preocupam o mundo.
"A arte, assim como a cultura, elas constroem mundos, criam imaginários e são formas não só de representar uma realidade, mas também de apresentá-la. Além disso, são formas também de construir críticas que alcançam um público e uma visibilidade muito maior do que protestos ou outras formas mais tradicionais de abordar as questões climáticas, principalmente porque elas atravessam essas questões de forma estética, tocando também os sentidos das pessoas que entram em contato com elas. Assim, alcançam também de forma mais aprofundada. Além de construir um espaço de discussão sobre as questões que tocam".
A programação do evento estará aberto ao público nos dias 20 e 21, na Fundação Curro Velho.